Direitos Reservados Água, Energia e Circularidade são os temas centrais da edição de 2025 do Congresso AgroIN, que acontece próximo dia 24 de abril, em Lisboa. As razões para não perder este evento são muitas. Mas vamos por partes.
09h10: O que podemos fazer para reter mais água?
Num ano especialmente generoso a nível hídrico, com uma recuperação robusta das barragens nacionais, faz sentido debater o que é possível fazer para reter mais água, mas também como podemos reutilizar com eficiência e segurança. A estratégia ‘Água que Une’, recentemente apresentada, está em consulta pública e tem levantado muitas dúvidas e interrogações. O coordenador deste projeto, António Carmona Rodrigues, presidente da Águas de Portugal, vai apresentar o plano de ações e investimentos e responder às dúvidas que se levantam.
Segue-se o debate, numa mesa-redonda com técnicos e especialistas nesta área, para perceber os prós e contras da estratégia, se estamos a explorar todas as opções de forma integrada e se este é um plano que garante o futuro resiliente e sustentável do regadio em Portugal. Uma conversa que vai juntar, para além de António Carmona Rodrigues, José Pedro Salema, presidente da EDIA; João Nascimento, Investigador Instituto Superior Técnico; Francisco Gomes da Silva, Consultor da Agro.Ges; Mário Samora, Diretor do Centro de Competências da Água e Ambiente do Grupo TPF e Vera Eiró, presidente da ERSAR. Ideias e visões diferentes, a que se pode juntar na hora do debate!
11h30: Como aumentar a conservação de água no solo?
O que sabemos sobre polímeros superabsorventes, mais conhecidos por hidrogéis? Na verdade, muito pouco. Podem ser mais uma solução para a eficiência hídrica em zonas de regadio deficitário? Que ensaios estão a ser feitos e com que resultados? E o biochar? Pode ser uma estratégia concertada para reforçar nutrição e maior retenção de água? As perguntas são muitas, mas não existe muita experiência concreta em explorações agrícolas que permita um conhecimento aprofundado sobre estas aplicações. Igor Gonçalves, gestor de projetos na ADVID vai apresentar os resultados dos primeiros ensaios que estão a ser feitos no Douro com hidrogéis e biochar, que podem ajudar na análise destas soluções.
12h00: A gestão da recarga de aquíferos pode ser uma solução?
Há quem lhe chame a ‘conta bancária’ das reservas hídricas. Promover a infiltração de águas em aquíferos para aumentar a reserva disponível é uma solução há muito estudada, mas ainda sem muita implementação. O que sabemos desta técnica e qual o real potencial para a atividade agrícola? Será viável?
Teresa Leitão, investigadora do LNEC, conta-nos tudo!
12h30: Quem vão ser os vencedores dos Prémios Vida Rural 2025?
Este é o momento de celebração e de reconhecimento das pessoas, empresas, projetos e investimentos que se destacam na agricultura e agroindústria portuguesa, em mais uma edição dos Prémios Vida Rural. Vamos distinguir o Agricultor, Empresa Agrícola, Investimento, Organização de Produtores e projeto de I&D que fizeram a diferença no panorama agrícola nacional, uma escolha da responsabilidade direta da redação da revista. Na habitual parceria com a SPREGA (Sociedade Portuguesa dos Recursos Genéticos Animais) será entregue o Prémio Guardião da Biodiversidade Doméstica, cujo vencedor foi escolhido por votação direta dos leitores da VIDA RURAL.
Os Prémios VIDA RURAL terminam com a entrega do galardão maior, o Prémio Personalidade Armando Sevinate Pinto, um troféu que distingue personalidades que contribuíram de forma decisiva na defesa e desenvolvimento do agronegócio em Portugal. Quem será o distinguido em 2025?
14h00: Valorização de subprodutos? Sim, é possível!
Como podem os agricultores tirar partido dos subprodutos da sua atividade numa lógica circular? É possível transformar resíduos em fatores de produção com valor e sustentabilidade? Vamos conhecer o projeto de circularidade da Herdade da Figueirinha, que já começou a reduzir a adubação mineral na exploração, dando uma nova vida e sentido aos desperdícios do lagar. Filipe Cameirinha Ramos, diretor-geral da Herdade, explica tudo, numa conversa a que se junta Mónica Sobreiro, do Clube de Produtores Continente, parceiro neste projeto. Pedro Santos, diretor-geral da Consulai, marca presença na discussão para apontar a importância que os projetos circulares assumem no ecossistema agroalimentar.
14h45: Agrofotovoltaico: vem aí o pomar do futuro?
Um projeto-piloto que está a testar o fotovoltaico muito para além da produção de energia. É possível proteger as culturas de fenómenos extremos, cada vez mais frequentes, e simultaneamente reduzir custos de produção? Como conciliar painéis solares árvores em evolução? Miguel Leão, investigador principal no INIAV, revela os primeiros resultados de um ensaio em Alcobaça neste novo modelo onde estão a ser testadas diferentes tipologias de pomares.
15h15: Onde está o negócio para os produtores nas (bio)oportunidades?
A necessidade de trabalhar o mix energético está a pressionar o arranque de novos projetos com impacto na área agrícola, agroindustrial, pecuária e floresta. A utilização de subprodutos destas atividades para produção de biogás e biometano começa a ganhar músculo. Mais do que encaminhar resíduos, que até aqui eram considerados um problema, a oportunidade de beneficiar dos digeridos para fertilização é inquestionável. Mas será mesmo assim? David Fangueiro, professor do Instituto Superior de Agronomia, vai explicar o conceito e os prós e contras. Vasco Cortes Martins, Diretor de Agronegócio da Nutrifarms e o agricultor João Coimbra, da Quinta da Cholda, explicam as vantagens e oportunidades para a produção.
16h15: Comunidades de energia em contexto agro? É possível?
Não é um tema fácil, e as especificidades são muitas, mas é preciso discutir a viabilidade de investir em comunidades de energia em contexto rural e agrícola. Se existe potencial produtivo e de partilha, o que falta para desbloquear aquilo que parece óbvio? Vamos ficar a saber numa conversa que fecha o AgroIn’25, com José Villar Collado, investigador do INESC TEC, e responsável pelo projeto Tools4AgriEnergy, que está a desenvolver ferramentas para operacionalizar comunidades de energia na região de Beja, em parceria com várias entidades e produtores, entre os quais Filipe Corrêa Figueira, da Ptachio, que falará desta oportunidade para os agricultores.
