O Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) lançou, na passada sexta-feira, dia 21 de março, a “Plataforma Agroclimática”, que pretende fortalecer o setor agroflorestal.
A apresentação da nova plataforma decorreu durante o seminário “Novas Ferramentas para Adaptação às Alterações Climáticas”, promovido pela Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP), no âmbito das comemorações do Dia Mundial da Água.
De acordo com o comunicado de imprensa, a nova ferramenta visa apoiar a tomada de decisões, maximizar a produção e contribuir para a mitigação dos efeitos das alterações climáticas. Além disso, pretende promover o acesso digital aos indicadores meteorológicos e climáticos com potencial impacto, enquanto fortalece o acesso aos indicadores agroclimáticos, nas vertentes de análise e prognóstico.
A plataforma capacita ainda os utilizadores para um uso mais adequado dos indicadores agroclimáticos, permitindo o acesso à informação através de serviços de dados baseados em protocolos de comunicação atuais. Por último, disponibiliza informação através de sistemas de avisos agroclimatológicos, em função de limiares de carácter climatológicos pré-estabelecidos.

O ‘boletim agroclimático’, de acesso gratuito, incorpora informação detalhada para as diversas regiões do país, agregada pelas diversas unidades territoriais e áreas agrícolas, com base em dados diários de observação meteorológica da rede do IPMA (in situ e remota) e de previsão numérica do tempo (modelo numérico).
A nova ferramenta disponibiliza indicadores adversos detalhados por região e tipo de cultura, como escaldão, geada, período quente, vento forte, míldio e chuva persistente, entre outros.
Encontra-se dividida em três blocos de informação, nomeadamente avisos agroclimáticos (até 10 dias de prognóstico e com sistema de notificações), a evolução temporal dos indicadores (diagnóstico e prognóstico) e, por fim, as publicações associadas (artigos e workshops).
Tendo por base sinergias estabelecidas entre as associações de agricultores de diversas fileiras, o comunicado avança ainda que o IPMA desenvolveu este novo conceito com o intuito de que seja “inovador”, tanto em relação às fontes de dados utilizadas, como na forma como a informação é disponibilização.