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Floresta

Há um projeto baseado em IA que pretende prevenir incêndios

Há um projeto baseado em IA que pretende prevenir incêndios iStock

Foi lançada a plataforma ‘Floresta Limpa’ que, através da aplicação de técnicas de Inteligência Artificial (IA), pretende reduzir o risco e o impacto dos incêndios florestais.

A ferramenta é da responsabilidade do projeto “Floresta Limpa – Vigilância automática e participada das zonas de proteção contra incêndios florestais”, desenvolvido por investigadores do NOVA LINCS – Laboratório de Informática e Ciências da Computação da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade NOVA de Lisboa (NOVA FCT).

 

De acordo com o comunicado de imprensa, este instrumento de monitorização, permite efetuar um controlo contínuo da limpeza e manutenção das Faixas de Gestão de Combustível de Incêndios (FGCI), em conformidade com a legislação em vigor, “contribuindo para a proteção de vidas humanas, ecossistemas florestais, património natural e bens materiais”.

A nova ferramenta vai ainda recolher informação atualizada e verificada sobre o estado das FGCI, o que irá contribuir para melhorar o planeamento das atividades de limpeza e fiscalização; aumentar a sensibilização da população para as necessidades no que toca à prevenção contra os incêndios e aumentar a eficácia no combate por via da disponibilidade de informação “atualizada e confiável”.

 

Segundo a nota de imprensa, através dos dados resultantes do levantamento de características dos padrões temporais de índices de vegetação, obtidos a partir da informação satélite, através de IA e algoritmos de aprendizagem automática, o sistema procura avaliar, de forma automática e regular, o estado de limpeza das faixas de gestão de combustível de incêndios. A par disso, vai ainda monitorizar a evolução do material combustível de outras áreas de interesse recentemente ardidas, desflorestadas ou plantadas, que contribuem ou funcionam como áreas de contenção da propagação dos incêndios.

Para o coordenador do projeto e investigador do NOVA LINCS da NOVA FCT, Carlos Viegas Damásio, “este projeto de investigação é exemplar pelos resultados atingidos e medidas implementadas que vão permitir o acompanhamento e monitorização das faixas de gestão de combustível de incêndios. É um passo importante para obter informação relevante, dada a dificuldade da extensão e dispersão destas faixas, sobretudo a norte do Tejo”.

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Segundo o responsável, a iniciativa reforça a ligação entre sociedade, educação e investigação, enfatizando que “ao longo destes quatro anos de investigação, contámos com o apoio de investigadores, bolseiros e alunos, que foram vitais para a criação do sistema, plataforma, aplicação e do website”.

A nova plataforma também disponibiliza uma app que visa facilitar e auxiliar o trabalho e a contribuição das autarquias, autoridades e do público em geral relativamente ao estado de manutenção das FGCI.

 

A app encontra-se configurada atualmente para os concelhos de Almada, Mação e Santarém, mas será progressivamente atualizada para abranger mais municípios e resulta de um projeto de investigação financiado pela Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT), que teve a duração de quatro anos e contou com o apoio e contributo do INESC.ID, Instituto Português do Mar e da Atmosfera, I. P. (IPMA), do Município de Mação e The Navigator Company.